“Mind the Gap” é um pavilhão de informação temporário para as Olimpíadas de Londres 2012, localizado na Trafalgar Square, uma praça no coração londrino.
Segundo os arquitetos, eles criaram um espaço que força o visitante a dar um passo ao desconhecido, abrangendo ao ponto de retorno onde a realidade se distorce e o tempo se detém, criando uma nova forma de relação pública e espacial, pedindo aos visitantes que aceitem o desafio, que identifiquem o momento e que participem de uma intensificação coletiva dos sentidos que são parte do espírito dos jogos olímpicos.
Todos os atletas comentam sobre um sentimento – uma experiência – que pode ser definida como o momento da verdade. Este é o momento quando os atletas estão em seu ponto de partida no instante do disparo de arranque, o segundo antes do tiro; o momento do apito inicial. É este momento no qual a decisão já foi tomada e não possui volta. É um momento que dura apenas uma fração de segundo, mas o tempo parece ter parado, a esperança de milhões de pessoas e o peso da história recaem sobre ele, é o momento para o qual se preparou toda sua vida.
O projeto pretende que o visitante do pavilhão experimente este sentimento, este momento de verdade ao criar um espaço que capture as emoções tão complexas de incerteza, angústia, emoção, agitação; envoltas no limite que deve ser quebrado, individualmente, a fim de completar a experiência. Para capturar este momento, criaram uma grande estrutura circular elevada, conformada por cinco anéis que se cruzam. De cada um destes anéis cai uma cortina de água, produzindo um limite que os visitantes devem cruzar, gerando um desafio em casa pessoa para dar um passo ao desconhecido.
Uma vez cruzado o limite, os visitantes entram em um espaço sensorial que é completamente distinto. A água atua como um filtro que modifica a percepção, ao estarem no interior, intensificando e alterando os sentidos. Ao mesmo tempo estas cortinas de água atuam como telas de projeção para os eventos mais importantes.
A construção é simples e rápida, os anéis estão formados por uma estrutura de aço que contém as mangueiras e estão elevados por meio de suportes verticais de aço, pelos quais sobe a instalação. A água é recolhida e bombeada novamente para cima, criando um ciclo constante de circulação.